Todo negócio necessita de monitoramento. É preciso observar constantemente como está sendo o atendimento ao cliente, a relação com fornecedores e parceiros, a conduta dos funcionários e os processos, por exemplo. Todas essas ações e mais dezenas de outras impactam no resultado do seu empreendimento.
São as chamadas métricas ou formas de medição. Além das métricas mais subjetivas, como as citadas acima, existem as objetivas, ou melhor dizendo, as matemáticas. Entre elas, ainda mais quando se trata de vendas de produtos, como é o caso do Quiero Café com seu extenso e variado cardápio, o CPV é um dos mais importantes e necessários de atenção.
Vamos entender melhor o que isso significa.
CPV – quanto custa vender
CPV é a sigla para Custo dos Produtos Vendidos e também conhecido por CMV – Custo das Mercadorias Vendidas. Ele é um indicador para mensurar todos os gastos incluídos na produção e estocagem do produto até o momento da sua venda. Cada empresa possui formas distintas para apuração, que levam em conta ou não o custo financeiro e a mão de obra envolvida.
Junto com outros indicadores, é possível para um gestor avaliar melhor as suas estratégias e o preço cobrado pelo que vende. Uma outra grande vantagem de analisar o CPV é poder revisar os custos de operação e verificar a necessidade ou possibilidade de alterações a fim de alcançar reduções importantes.
Os principais itens a serem incluídos para cálculo do CPV são:
- Matéria-prima e insumos para a fabricação do produto – café, leite, calda, doce de leite, leite condensado, entre outros, por exemplo;
- Mão de obra – barista, atendente, cozinheiro e assistentes;
- Energia elétrica – micro-ondas, lâmpada, exaustor, batedeira, balcão de exposição entre outros eletrodomésticos e equipamentos, fazem uso da energia para funcionar e compõe os custos de um produto;
- Depreciação e manutenção de máquinas e equipamentos – Seu fogão industrial vai necessitar de manutenção para seu pleno funcionamento, o uso constante do seu liquidificador vai diminuir a vida útil dele. Os gastos para aquisição e preservação precisam ser contabilizados;
- Embalagens dos produtos – pratos descartáveis, talheres, guardanapos, canudos, todos esses itens, entre outros, acompanham o produto até a venda e devem entrar na conta. Estes gastos são comuns no caso de o estabelecimento atender com take away ou delivery.
Em resumo, tudo o que está envolvido nos esforços de fazer o produto chegar até a venda está relacionado com o CPV.
Como calcular o CPV
A conta é simples, envolve soma e subtração. A parte mais delicada dos cálculos é levantar o custo de cada item necessário para um CPV real.
Para montar a fórmula e realizar a conta, antes é preciso entender cada parte que o compõe. Vamos a elas:
- EI – estoque inicial – calcule o valor dele;
- In – insumos utilizados;
- MO – mão de obra direta na fabricação;
- GGF – Gastos Gerais de Fabricação (aqui estão inclusos energia elétrica, mão-de-obra indireta, entre outros);
- EF – estoque final.
De posse desses dados é só aplicar: PV = EI + (In + MO + GGF) – EF
Porque o CPV é importante para a sua franquia
A própria essência do modelo de negócio franquia pressupõe a marca estar em diferentes lugares. Em um país de proporções gigantescas como o Brasil, isso implica realidades diferentes em cada região e até mesmo estados ou cidades. Apesar das realidades diferentes, o que se espera de uma franquia é a padronização, esta que se reflete em atendimento, experiência, layout de loja e principalmente com relação ao produto.
É comum do mercado de franquias que cada marca tenha seus padrões pré-definidos e documentados em Fichas técnicas ou POP’s (Procedimento Operacional de Padronização), o que facilita a transmissão do know how, treinamentos e revisão por parte da equipe no dia a dia, a fim de seguir o padrão proposto pela marca.
Mas porque é importante que estes padrões sejam seguidos?
Existem inúmeras respostas que podem revelar esta importância, mas iremos nos atentar a apenas duas para podermos exemplificar:
Primeiro, um consumidor fiel da marca, conquistado pelas inúmeras vezes que frequentou uma determinada loja, é apaixonado pelo atendimento, ambiente, pela experiência completa que tem quando visita, e além disso, consome os mesmos produtos, dos quais é fã.
Um dia ele precisou se mudar, foi para uma outra região. Chegando lá percebeu que existia uma loja da mesma marca na cidade, o que o deixou tranquilo e ansioso por poder seguir tendo a mesma experiência que tinha em sua cidade natal.
Porém, ao visitar a nova unidade, percebe que os mesmos produtos que consumia na outra loja, não seguem o mesmo padrão, são produzidos de uma outra forma e com quantidades totalmente diferentes. O resultado desta história é um sentimento de frustração por parte do cliente.
E segundo, uma marca na concepção e desenvolvimento de seus produtos, testa e define a quantidade de cada insumo para a fabricação, ou seja, tem pré-definidas todas as quantidades e modo de preparo, a fim de manter a mesma qualidade no produto servido ao cliente e também uma padronização de quantidades de cada insumo.
Com isso, é possível calcular os custos do produto final e precificar o valor de venda, que vai ser praticado por aquela unidade na região. Pressupõe-se que com a produção dos produtos dentro dos padrões propostos pela marca, ao vendê-los o franqueado terá uma margem líquida saudável, resultando em mais rentabilidade para a sua unidade.
Infelizmente, a conta acaba não sendo tão simples. Principalmente, quando se trata de um estabelecimento onde há manipulação interna de produtos, existem muitas variáveis que podem dificultar no dia a dia a manutenção destes padrões, como o alto movimento, a rotatividade do time, entre outros.
Desta forma, é possível compreender a importância de se ter um olhar criterioso para a padronização dentro da sua franquia, pois ela pode impactar primeiro na experiência do cliente, que espera ter a mesma experiência em todas as unidades da rede, e segundo, quando se produz um determinado produto sem se atentar a quantidade disposta no documento da franquia, impacta diretamente no CPV e consequentemente na rentabilidade do negócio.
Sabemos que as variáveis citadas, como o alto movimento e a rotatividade da equipe são comuns no ramo de alimentação e por isso, é necessário que o franqueado mantenha periodicamente um acompanhamento do seu setor produtivo, revisando quantidades e padrões, treinando a equipe e dando os direcionamentos correto.
Este acompanhamento, vale ressaltar, é com o principal intuito de manter a qualidade do produto para o atendimento ao cliente, corrigir e ajustar o que for necessário para se ter um CPV mais controlado, manter a produção mais próxima dos padrões da rede.
No Quiero Café
Entendendo o tamanho do desafio que envolve uma boa gestão do CPV em suas unidades, o Quiero Café busca fornecer um suporte bastante focado neste controle, oferecendo ao seu franqueado meios para que o mesmo possa identificar possíveis divergências e trabalhar para minimizá-las.
A própria forma de apurar o CPV Quiero Café, na realidade, difere um pouco da fórmula padrão abordada acima.
Trabalhamos com um CPV teórico que leva em consideração a saída dos itens e suas fichas técnicas no quesito de insumos, de matéria-prima, sem levar em conta, neste momento, os custos com energia elétrica e mão de obra, por exemplo.
Cruzamos este CPV teórico com a apuração dos valores de compras no período compreendido, a fim de trazer para o indicador algo que reflita a realidade de caixa da empresa. Para o Quiero Café, não há certo ou errado na forma de apuração, mas sim, um modelo que se encaixe na realidade de cada empresa. E, principalmente, que funcione como indicador de tomada de decisão e ajuste para maximização do resultado.
Para isto, utilizamos algumas ferramentas que servem de apoio. Vamos a elas:
Cadeia de Suprimentos
Oferecemos aos nossos clientes um cardápio amplo, com opções do café da manhã ao jantar e que em sua composição, somam um total de mais de 400 itens, produzidos com uma cadeia de suprimentos que conta com 300 insumos, que rotineiramente os franqueados necessitam realizar a compra com os fornecedores.
Para facilitar este processo, a equipe do Quiero Café é a responsável por estruturar toda a cadeia de suprimentos para o franqueado, fazer o estudo de fornecedores e definir qual o mais vantajoso para aquela região.
O franqueado, desta forma, recebe a sua cadeia de suprimentos pronta, com todos os fornecedores, com os dias de realizar pedido e com os dias de recebimento, sendo o seu papel realizar a contagem e efetivar os pedidos diretamente com cada fornecedor. Vale ressaltar também que a marca fica sempre atenta ao mercado e é responsável por substituir fornecedores quando os mesmos deixarem de fornecer na região em que a loja está instalada.
Sistema de pedidos
Em complemento a estruturação da cadeia de suprimentos, a marca desenvolveu um sistema de pedidos próprio, em que cruza dados de venda de produtos em períodos anteriores e compara com os pedidos realizados no mesmo período.
Desta forma o franqueado realiza a contagem do estoque, lança as quantidades no sistema e consegue ter uma clareza da quantidade que precisa comprar com cada fornecedor. Este sistema contribui para que o próprio franqueado consiga identificar se o gasto com determinado insumo em um período é compatível ou não com a sua venda. Se não é, pode ser um sinal de atenção para se revisar processos de produção e verificar se não há perda de insumos ou produtos produzidos fora do padrão.
Análise Financeira
A análise financeira ou BI (business intelligence), como também é conhecida no mercado, trata-se de uma análise de dados que visa oferecer suporte para a gestão de um negócio.
No Quiero Café esta análise é feita mensalmente para cada unidade em sua individualidade, analisando o faturamento, as vendas, os indicadores e os custos desembolsados pela unidade durante aquele período.
Esta análise visa trazer um diagnóstico completo da unidade para o franqueado, de forma que ele consiga entender o cenário atual da sua loja e quais são os pontos de melhoria que ele precisa dar mais atenção.
Dentro da análise dos indicadores e custos, está também a análise do CPV da unidade, que junto com o custo de pessoal, são os dois principais indicadores que, se não bem geridos, impactam diretamente na geração de lucro líquido do negócio.
Este trabalho desenvolvido pela marca aos seus franqueados é um dos suportes mais importantes, pois além de apresentar o diagnóstico da loja, traz ações que podem ser colocadas em prática pelo franqueado, que contribuem para uma melhor gestão, controle dos indicadores e, consequentemente, gerando melhores resultados.
Custos e precificação
Além das ferramentas acima, a marca também é responsável por desenvolver novos produtos, assim como realizar o cálculo de custo de cada um deles.
Desta forma, o franqueado ao ingressar na rede não precisa se preocupar com a realização de cálculos e com a precificação de produtos no cardápio. A marca está sempre atenta à oscilação de preços dos insumos no mercado, para identificar momentos em que se é necessário realizar uma atualização no preço do cardápio ou ajustar os processos.
Conclusão
Ferramentas de controle são essenciais para qualquer negócio, mas mais do que tudo, precisam ser aplicáveis à realidade do negócio e gerar resultado em médio/longo prazo.
Como qualquer ferramenta, só funciona se tiver uma pessoa drenando energia e fazendo o que precisa ser feito. O Quiero Café tem a clareza dos desafios de empreender com uma franquia da marca e busca trazer ferramentas simples e aplicáveis no dia a dia do franqueado, de forma que a ferramenta venha para agregar, facilitar a gestão ativa da unidade e, no final, gerar ainda mais resultado para o franqueado.
Venha fazer parte da nossa história e ser mais um case de sucesso: https://conteudo.quierocafe.com.br/seja-um-franqueado