Quando Felipe e Matheus decidiram montar um novo negócio na cidade de Teutônia/RS, nenhum deles tinha afinidade alguma com o ramo de alimentação. Felipe era advogado e chamou Matheus, formado em Administração de Empresas, logo após uma provocação do seu antigo chefe, que em uma de suas reuniões brincou dizendo que ele tinha que abrir uma cafeteria na cidade.
Mesmo não tendo experiência nesse ramo, os dois já haviam viajado e conhecido inúmeros lugares, cafeterias, restaurantes, bares, que serviram de inspiração para montar esse novo negócio, que posteriormente seria chamado de Quiero Café.
Conhecendo o perfil da cidade de Teutônia, eles sabiam que se o negócio oferecesse somente café, dificilmente seria viável com o passar do tempo. Por isso, decidiram desde o início partir com uma proposta que agregasse opções ao longo de todo dia, um diferencial que segue até hoje nas unidades da marca.
Para estruturar esse novo negócio, Felipe e Matheus brincam dizendo que não contrataram nada externo, foram utilizando das suas experiências e de pessoas conhecidas para ir definindo e ajustando o que precisavam para abrir as portas do Quiero Café. Os produtos do cardápio por exemplo, foram desenvolvidos e testados por eles, sem a ajuda de um profissional na época e aos poucos, após inaugurar a loja, foram ouvindo os clientes e agregando mais opções para melhor servi-los.
A única coisa que eles comentam que foi contratado um profissional para fazer, foi o Projeto Arquitetônico e que é o assunto que abordaremos nesse conteúdo.
Teutônia/RS – Histórias do primeiro ponto de encontros
Após decidirem contratar um escritório de arquitetura para fazer o projeto, se reuniram com as “meninas” da ND Haus para apresentar a ideia e como estavam pensando em montar aquela loja. Tinham muita vontade em trazer algo disruptivo para a cidade e o ambiente seria uma peça-chave nesse processo.
O processo inicial envolveu muitas conversas, colaboração e um pouco de frio na barriga, de fazer um ambiente que talvez as pessoas tivessem medo de frequentar por ser uma proposta bem diferente. A partir dessas conversas e de uma folha de papel com uma planta baixa do negócio desenhada à mão por Felipe, o espaço começou a ganhar forma e ambos estavam criando uma paixão por criar um ambiente único e acolhedor.
À medida que o 3D foi ficando pronto, testemunhavam a materialização dessas ideias e apesar de algumas opiniões divergentes, logo chegaram no projeto arquitetônico final.
O Projeto trazia características únicas, teto preto fosco, iluminação amarela mais baixa, mesas com design diferente, toldo listrado, etc.
Segundo as arquitetas, toda essa jornada foi muito marcante e apaixonante para elas, se dedicaram em buscar características únicas que valorizassem ainda mais cada detalhe. E por estarem juntas em todo esse processo, ainda contribuíram com mais algumas coisas.
Logomarca Quiero Café
Quando começaram a desenvolver o projeto, a fonte que seria utilizada no nome Quiero Café ainda não estava definida, então para não ficar sem nada no projeto, elas escolheram uma para colocar. No final, Felipe e Matheus gostaram tanto que pediram a fonte que foi utilizada para mandar para a gráfica e ela permaneceu a mesma durante anos.
“Tua letra é legal, faz um desenho“
No dia da inauguração, algumas horas antes de abrir as portas, Felipe viu os freezers com a porta toda preta e achou que precisava ter algo legal ali, por isso entregou um giz branco para uma das arquitetas e pediu pra ela desenhar alguma coisa, aproveitando que ela tinha esse dom.
Esses desenhos, mesmo sendo feitos às pressas permaneceram durante um bom tempo nos freezers da loja.
“Se não tiver movimento, a gente vai sair de porta em porta vendendo“
Sabendo que a cidade na época não tinha a cultura de sair pra tomar um café, os sócios tinham medo de não ter movimento suficiente para conseguir fazer o negócio ser viável. Por isso, pediram para as arquitetas projetar um móvel com rodinhas e caso a loja não tivesse movimento eles iriam colocar salgados, doces e bebidas nele e sairiam para vender.
Mesmo com o móvel pronto, o movimento desde o início foi crescente e com isso não precisaram sair nenhum dia para vender de porta em porta.
Design das mesas
As arquitetas, apesar de na época o Instagram não ser tão utilizado quanto hoje, sabiam que se montassem um espaço legal e tivessem uma mesa com design bacana, as pessoas iriam tirar foto para postar. E com isso, a mesa chamaria atenção e geraria interesse das pessoas em saber onde era para ir visitar também.
A aposta deu certo, mas aquele modelo de mesa logo acabou saindo de linha meses depois e para as outras unidades elas precisaram desenvolver um outro design. Dando espaço as mesas que são utilizadas até hoje nas novas unidades.
Uma parceria duradoura
A ND Haus foi peça-chave na construção inicial do ambiente acolhedor do Quiero Café, foi quem ajudou a trazer as ideias dos sócios para a prática e trouxe para a unidade de Teutônia o aconchego de um verdadeiro ponto de encontros.
Essa parceria que iniciou em 2015 segue até hoje, as meninas, assim como a sua equipe, foram e seguem sendo peças-chave nesse processo, desenvolvendo todos os projetos das unidades. Já são mais de 8 anos de história e mais de 60 projetos ou melhor dizendo, mais de 60 pontos de encontros espalhados pelo Brasil.
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